segunda-feira, 16 de março de 2009

DICIONÁRIO

O que é dicionário? Leia esta definição:

Dicionário: É um livro que traz vocábulos de uma língua, dispostos em ordem alfabética e com seu respectivo significado (ou tradução, quando for de outro idioma). O dicionário mais famoso do Brasil é o Aurélio, lançado pela primeira vez em 1975.



Quando pretendemos procurar o significado de uma palavra no dicionário, é indispensável saber a ordem das letras do alfabeto, pois as palavras se organizam pela ordem alfabética da primeira letra de cada palavra, depois da segunda letra, e assim sucessivamente.

Quando lemos um texto ou ouvimos uma palavra que não sabemos o significado, procuramos no dicionário, mas nem sempre encontramos as palavras no dicionário da mesma forma que lemos ou ouvimos, pois muitas vezes elas são variações de outras palavras. Por exemplo:

  • ELEGEU vem do verbo ELEGER. Portanto, se você precisar do significado de ELEGEU, terá que procurar ELEGER no dicionário.
  • INTERPRETAÇÕES está no plural. Se você precisar do significado desta palavra, terá que procurar INTERPRETAÇÃO (no singular) no dicionário.

VAMOS EXERCITAR:

1- Coloque as palavras abaixo em ordem alfabética:

desagradável
desidratação
desacelerar
desculpa
desafinado
desenganar
desaforo
desfazer
desaguar
desgaste
desbocado
desistência
descalço
desilusão

2- Suponha que você tenha que procurar no dicionário as palavras a seguir:

a) mala
b) machucado
c) manual
d) maneira

Entre quais palavras-índices abaixo você procuraria cada uma delas?

  • macaxeira - macumbeiro
  • manchete - mangar
  • maiúscula - maleável
  • mansão - mapear

3- Que palavras você procuraria no dicionário se tivesse que encontrar o significado de:

a) publiquei
b) espalha
c) máscaras
d) ilusões

CARTA ENIGMÁTICA

Esta é uma carta enigmática retirada de uma revista. Ela mistura LINGUAGEM VERBAL e LINGUAGEM NÃO VERBAL para transmitir sua mensagem. Para que o leitor decifre a mensagem é preciso retirar e juntar partes de palavras representadas pelas imagens até que se descubra as novas palavras formadas.

Tente decifrar a mensagem desta carta.


Conto

O PRESENTE DOS MAGOS
(O. Henry)

Um dólar e oitenta e sete centavos. Era tudo. [...] Três vezes Della contou o dinheiro. Um dólar e oitenta e sete centavos. E no dia seguinte seria Natal.
Não havia evidentemente mais nada a fazer senão atirar-se ao pequeno sofá puído e chorar. Foi o que Della fez. [...]
Della terminou de chorar e cuidou do rosto com a esponja de pó. Postou-se junto à janela e ficou a contemplar melancolicamente um gato cinzento caminhando sobre uma cerca cinzenta num quintal cinzento. [...]
Subitamente, afastou-se da janela e postou-se diante de um espelho. Seus olhos estavam brilhantes mas sua face perdeu a cor ao cabo de vinte segundos. Num gesto rápido, soltou o cabelo e deixou desdobrar-se em toda a sua extensão.
Ora, os James Dillingham Youngs tinham dois haveres de que muito se orgulhavam. Um era o relógio de ouro de Jim, que pertencera a seu pai e a seu avô. O outro era o cabelo de Della. [...]
O cabelo de Della, pois, caiu-lhe pelas costas, ondulando e brilhando como uma cascata de águas castanhas. Chegava-lhe abaixo do joelho e quase lhe servia de manto. Ela então o prendeu de novo, célere e nervosamente. A certo momento, deteve-se e permaneceu imóvel, enquanto uma ou duas lágrimas caíam sobre o puído tapete vermelho.
Vestiu o velho casaco marron; pôs o velho chapéu marron. Desceu rapidamente a escada que levava à rua. Parou onde havia um letreiro anunciando: “Mme Sofronie, Artigos de Toda Espécie para Cabelos”. Della subiu a correr um lance de escada e se deteve no alto, arquejante para recompor-se.
- Quer comprar meu cabelo? – perguntou Della.
- Eu compro cabelo – disse Madame. – Tire o chapéu e vamos dar uma olhada no seu.
Despenhou-se, ondulante, a cascata de águas castanhas.
- Vinte dólares – ofereceu Madame, erguendo a massa com mão prática.
- Dê-me o dinheiro depressa – pediu Della.
Oh, as duas horas seguintes voaram. [...] Della se pôs a vasculhar as lojas à procura de um presente para Jim.
Encontrou-o por fim. Fora feito para ele e para ninguém mais. Nada havia que se lhe parecesse nas outras lojas, e ela as revirara de alto a baixo. Era uma corrente de platina, curta, simples e de modelo discreto. [...] Era digna até do relógio. Tão logo a viu, soube que tinha de ser de Jim. Era como ele. Serenidade e valor – a descrição se aplicava a ambos. Vinte e um dólares cobraram-lhe por ela, e Della correu para casa com os oitenta e sete centavos. [...]
Às sete horas, o café estava preparado e uma frigideira quente no fogão esperava o momento de fritar as costeletas.
Jim nunca se atrasava. Della dobrou a corrente no côncavo da mão e sentou-se a um canto da mesa, perto da porta pela qual ele sempre entrava. Ouviu então seus passos no primeiro lance da escada e empalideceu por um instante.
- Oh, Deus, fazei-o por favor achar-me ainda bonita!
A porta se abriu, Jim entrou e a fechou. [...]
Jim avançou alguns passos. Seus olhos estavam fitos em Della e havia neles uma expressão que ela não conseguia ler e que a aterrorizava. [...]
- Jim, querido – gritou – não me olhe desse jeito! Mandei cortar o cabelo e o vendi porque não poderia passar o natal sem dar um presente a você. Ele crescerá de novo… não se aborreça, por favor. Meu cabelo cresce terrivelmente depressa.
Emergindo do seu transe, Jim pareceu despertar rapidamente. Abraçou a sua Della.
Jim tirou um pacote do bolso e atirou-o sobre a mesa.
- Não me interprete mal, Della – disse. – Não acho que haja alguma coisa, corte de cabelo, raspagem ou xampu, capaz de fazer-me gostar menos da minha mulherzinha. Mas se você abrir este pacote, poderá ver por que fiquei abalado no princípio.
Alvos dedos ligeiros desfizeram o atilho e o embrulho. Ouviu-se então um grito extático de alegria, e depois, ai!, uma súbita mudança feminina para as lágrimas e os gemidos, que exigiram o imediato emprego de todos os poderes de consolação do senhor do apartamento.
Pois sobre a mesa jaziam Os Pentes [...]. Belos pentes, de tartaruga legítima, orlados de pedraria – da cor exata para combinar com seu lindo cabelo. [...]
Jim ainda não vira o seu belo presente. Ela lho estendeu ansiosamente na palma da mão aberta. [...]
- Não é uma beleza, Jim? Vasculhei a cidade toda para achá-lo. Doravante, você terá de ver as horas uma centena de vezes por dia. Dê-me o seu relógio. Quero ver como fica nele.
Em lugar de obedecer, Jim deixou-se cair no sofá, pôs as mãos atrás da cabeça e sorriu:
- Della – disse - vamos por os nossos presentes de Natal de lado e deixá-los por algum tempo. São lindos demais para poderem ser usados agora. Vendi o relógio para comprar os seus pentes. Que tal se você fritasse as costeletas agora?
Encontre no texto e explique com suas palavras os elementos do enredo de O presente dos magos, seguindo o esquema a seguir.
1- CONFLITO INICIAL
2- TENTATIVA DE SOLUÇÃO DO CONFLITO
3- CONFLITO 2
4- CLÍMAX
5- SITUAÇÃO FINAL

quarta-feira, 11 de março de 2009

Conto japonês

Espelho no cofre

De volta de uma longa peregrinação, um homem carregava sua compra mais preciosa adquirida na cidade grande: um espelho, objeto até então desconhecido para ele e para os seus próximos. Julgando reconhecer ali, ao olhar-se, o rosto do pai, encantado, ele levou o espelho para sua casa.
Ao chegar na moradia, ele guardou o espelho num cofre no primeiro andar, sem dizer nada a sua mulher. E assim, de vez em quando, quando se sentia triste e solitário, abria o cofre para ficar a contemplar "a face do pai".
Sua mulher passou a ficar ressabiada com as idas e vindas do marido ao andar de cima da casa. Até porque, argumentava ela consigo mesma, ele tinha um aspecto diferente, um ar engraçado, meio apalermado, toda vez que descia do quarto do primeiro andar. Desconfiada, ela passou a espreitá-lo e descobriu que o marido abria o cofre e ficava longo tempo olhando para dentro dele.
Um dia, depois que o marido saiu, ela não aguentou e abriu o cofre. Nele, espantada, viu o rosto de uma mulher. Inflamada de ciúme, investiu contra o marido e deu-se então uma grave briga de família. O pau comeu solto, como se diz.
O homem, o marido, sustentava até o fim, intransigentemente, que era o seu pai quem estava escondido no cofre. Mas a esposa, toda vez que olhava para o cofre via uma mulher carrancuda.
Deu-se que durante a briga, por sorte, passava pela casa deles uma monja, que acabou por se envolver na discussão. Ouviu uma parte, ouviu a outra e, querendo esclarecer de vez a pendenga, a religiosa pediu que lhe mostrassem o cofre.
Depois de alguns minutos no primeiro andar, a monja comentou ainda lá de cima:
— Ora, vocês estão brigando em vão: no cofre não há homem nem mulher, mas tão-somente uma monja como eu!
Encontre no conto acima:
a) O CONFLITO
b) O CLÍMAX
c) A SITUAÇÃO FINAL

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Tartaruga e a Lebre

Construção de fábula a partir da moral

Fábula da Aluna Letícia Costa, do 6ºC

Provérbio escolhido para a moral: "Quem tem boca vai a Roma"

A Tartaruga e a Lebre

Um dia a Tartaruga encontrou com a rainha da floresta que era a Lebre. A Lebre como sempre falando mal da Tartaruga, a chamando de lerda, feia, molenga e tudo mais. A Tartaruga, cansada de escutar as ofenças da Lebre, lhe propôs um desafio: se ela chegasse em Roma primeiro, a Lebre teria que passar o trono de rainha da floresta para a Tartaruga, mas se a Lebre ganhasse, a tartaruga teria que fazer todas as vontades da Lebre.
A Lebre contando vantagem que era mais rápida e sabia chegar em Roma acabou se perdendo no caminho. A Tartaruga esperta foi perguntando o caminho para todos como se chegava a Roma. As duas se econtraram na floresta e como combinado a Tartaruga virou a rainha e disse:
-Quem tem boca vai a Roma!

PARABÉNS LETÍCIA, SUA FÁBULA FICOU ÓTIMA!!!