segunda-feira, 25 de abril de 2011

HERÓIS

“Homens comuns são como folhas que caem das árvores e são varridas pelo vento. Aqueles que perduram são os heróis.” (Homero, Odisseia).

Heróis do Cinema e da Literatura
Definitivamente os super-heróis das histórias em quadrinhos invadiram os cinemas. Nos últimos anos o homem morcego voltou arrepiando no filme Batman - O Cavaleiro das Trevas, um dos maiores recordes de bilheteria. Tony Stark surpreendeu interpretando O Homem de Ferro com sua sensacional armadura. Como em todos os outros filmes do super-herói verde, O Incrível Hulk foi um fracasso mundial, ao contrário de Hellboy II, que faturou 100 milhões de dólares. Hancock e Jumper foram outros dois filmes bem redondos que não deixaram a desejar devido aos sensacionais efeitos especiais. Esses super-heróis vieram e deixaram suas marcas na história dos quadrinhos e do cinema; muitos outros virão e também farão o mesmo.
Na literatura acontece algo semelhante: alguns heróis surgem, fazem sucesso e depois desaparecem. No entanto, outros permanecem estáveis por muitos anos, como os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas e Dom Quixote de Cervantes, que se eternizou pela incomparável bravura. Isso para não falar dos heróis de Shakespeare, Virgílio, Homero, entre outros. Mário de Andrade também contribuiu, construindo seu herói sem nenhum caráter: Macunaíma. Quantos heróis a literatura não construiu e quantos outros não virão?
Atualmente, prestigiamos uma ideologia diferente de herói. Se antes eram Hércules, Aquiles e Ulisses, hoje são Shrek (um anti-herói como Macunaíma), Homem-aranha, Super-homem e infinitos salvadores (ou destruidores) do planeta. Dizer que isso é ruim seria uma incoerência, já que a definição de super-heróis de antigamente não se diferencia muito da de hoje: “Matar o bandido e salvar a mocinha”. Assim como Ulisses um dia quis salvar Helena dos Troianos (por mais que esta não tenha sido sequestrada, mas sim fugido com os gregos por livre e espontânea vontade), Peter Parker e Clark Kent também buscam salvar suas amadas.
Segundo Umberto Eco, “enquanto um livro requer uma leitura cúmplice e responsável, uma colaboração interpretativa, o filme ou a televisão mostram-nos as coisas prontas”. No entanto, quem não tem a capacidade de ver um filme e transportá-lo para o mundo real, não consegue ver nada de interessante nas telas dos cinemas. Às vezes, existem “vazios” no filme, que o espectador precisa preencher caso queira dar sentido à história. Criatividade é necessária onde e quando for tanto na leitura de um livro quanto na apreciação de um filme. É possível criar sempre, mesmo que alguns tentem nos impedir. Criemos!

(Este artigo foi publicado pelo Thiago, na quinta edição do "Quixote", Fanzine do Grupo Gauche de Literatura.)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Dia do índio - charge


fonte: http://www.acharge.com.br/index.htm

E NO FRIGIR DOS OVOS

O que significa "No frigir dos ovos"?

Pergunta: Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?

Resposta: Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem idéias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa..

E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas, nem ficar procurando chifre em cabeça de cavalo.

Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, fazendo uma boquinha e cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.

Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos. Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha. São escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.

Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.

O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.

Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço, comendo mortadela a arrotando caviar. E, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco...

A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas, porque macaco velho não bota a mão em cumbuca. Mas, quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.

Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que, no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque: o que não mata engorda.

Entendeu o que significa "no frigir dos ovos"?

(Autor desconhecido)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Data do Dia Nacional do Livro Infantil é homenagem a Monteiro Lobato


Quem não conhece a imagem da boneca Emília, retalhos de tecido a constituir o corpo, cabelos vermelhos e boca desenhada? O criador da personagem mais célebre da literatura infantojuvenil, Monteiro Lobato (1882-1948), empresta à data de seu aniversário, 18 de abril, para a comemoração do Dia Nacional do Livro Infantil.

O dia foi escolhido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, e instituído pela Unesco (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) do Brasil.

Os personagens de Monteiro Lobato, sobretudo os do "Sítio do Picapau Amarelo", povoam o imaginário de crianças de diversas gerações brasileiras. "A Menina do Narizinho Arrebitado", lançado originalmente em 1920, foi o primeiro livro desta que é a mais conhecida criação do escritor.

Até 1948, data de sua morte, publicou em anualmente títulos dedicados às crianças e outros tantos ao público adulto, como "A Onda Verde", de 1921, e "América", de 1932.

Há livros interessantes para quem quer conhecer a fundo a controversa biografia de Lobato. Em "Monteiro Lobato", da editora Senac, três pesquisadores tentam dar conta das múltiplas facetas de Lobato, que, além de escritor, foi fazendeiro, advogado, diplomata, tradutor e editor.

Outros dois estudiosos enfrentam o mesmo desafio: Nereide Santa Rosa com "Monteiro Lobato", pela editora Callis, e Cassiano Nunes, que publicou o seu "Monteiro Lobato" pela editora Contraponto.

Para os que estão interessados em conhecer e compreender melhor as obras infantis de Lobato há um título imperdível, vencedor do Prêmio Jabuti 2009 de melhor livro na categoria não-ficção: "Monteiro Lobato Livro a Livro". Organizado pelos pesquisadores Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini, a obra examina o percurso literário a partir de textos de professores sobre cada uma das obras infantis do escritor.

A observação da trajetória de Lobato retrata um comportamento bastante regular e sistemático: ele gostava de reescrever suas histórias, preocupado de modo especial com a linguagem. Não por acaso, o componente de sua literatura que mais o aproxima dos pequenos leitores.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/721905-data-do-dia-nacional-do-livro-infantil-e-homenagem-a-monteiro-lobato.shtml

quinta-feira, 7 de abril de 2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011