quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Os melhores poemas

Aqui estão os melhores poemas produzidos pelos alunos dos 6os anos na etapa escolar da Olimpíada de Língua Portuguesa da E. M. Dr. Augusto Glória:

CIDADE NATAL

Descoberto é a minha cidade
É tão pequena, mas é muito legal
Com as festas que lá acontecem
Inclusive o carnaval

E a praça é bem bonita
Sem falar no chafariz
Quando alguém passa lá em frente
Fica sempre muito feliz

De manhã eu olho na janela
E só ouço os pássaros cantar
Bem coloridos, bem bonitos
E é fácil de se acalmar


NATHAN CÉSAR DE ALMEIDA LOBATO   6B

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 PEQUENO GRANDE LUGAR

Cidade pequena
Mas cidade guerreira
Com lindas paisagens
E belas cachoeiras

O tom de Minas Gerais
As festas são de encantar
O carnaval, uma festa linda
AS fantasias brilham na avenida

Tem também as festas juninas
Com fogueiras e bandeirinhas
As danças maravilhosas
E as comidas deliciosas

Cidade maravilhosa
Orgulho de viver por lá
Cidade pequena e aconchegante
Este é o meu grande lugar


PEDRO HENRIQUE FERRAZ DETONI    6B

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MINHA CIDADEZINHA


A minha cidadezinha
Tem igrejinhas
Enfeitadas, de torrezinhas,
Encravadas no alto do morro,
Convidando pra oração, procissão, confissão

A minha cidadezinha
Também tem casarões, ribeirões
O povo trabalha nas confecções.
Tem namoro na praça
Botequim que vende cachaça

Na minha cidadezinha
Há celebridade
Gente de personalidade
E o povo vive com honestidade
Buscando a felicidade.


JEAN COSTA DOS SANTOS   6C
  
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CIDADE GARBOSA

Eu moro em um lugar
Um lugar muito legal
Foi lá que eu nasci
Minha querida cidade natal

Eu moro em uma cidade
Uma cidade amorosa
Com belos jardins
E apelido de Garbosa

A minha cidade
Eu sempre amarei
Com meus amigos e família
Lá sempre viverei

São João Nempomuceno
Cidade pacata
Mas no carnaval
Folia não há igual

Deus foi generoso
E muito bondoso
Deu ao povo
Uma São João especial


ANDRÉ MACHADO  6C

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A MINHA CIDADEZINHA


Ando aqui como se fosse visitante
Daqui vejo casas gigantes
Nessa cidade marcante
Aqui é tudo impressionante

O povo tem muita determinação
Dentro do coração
No dia 16 de maio, tem confraternização
Essa cidade merece muita comemoração!

No carnaval tem harmonia
É a festa da alegria
Vemos muita fantasia
E a animação nos contagia

Aqui tem muita caridade
Para o povo que precisa
Aqui tem muita amizade
E em todos, felicidade.


LARYSSA FERREIRA BARBOSA   6C

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PEQUENA CIDADE GARBOSA

A cidade onde vivo
É um bom lugar para viver.
As pessoas alegres, brincalhonas,
Cada uma com  seu jeito de ser.

A cidade Garbosa,
É uma cidade pequena
Como qualquer outra
Do estado de Minas Gerais.

Há muitos lugares pra passear,
Na praça vejo uma criança
Com brilho nos olhos a observar
Como é bela a sua cidade!

Uma cidade onde há amor
E em todo lugar que vou
Vejo pessoas de bom humor.
Essa é a pequena cidade Garbosa.


ANA CLARA KNOP DA FONSECA    6C

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CIDADEZINHA


Aqui na mina cidade
Faço várias amizades.
Ando sempre por aí
Para ver a paisagem.

A minha cidade é pequena
Quem não a conhece, vale a pena
Ando daqui, ando dali
E encontro sempre algo pra me divertir

Agora vou te contar a real
A minha cidade é a ideal
Para viver, morar e brincar
Pois ainda não estou na idade de namorar

Quero muitas coisas conquistar
Para minha cidade melhorar
E mesmo quando eu crescer
É nesse pedacinho de chão que quero viver


MARIA EDUARDA MELLO S. VERARDO    6C

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MEU LUGARZINHO

Em algum canto do mundo
Existe um lugar bem legal
É nesse lugar que eu vivo
E par mim ele é muito especial

Esse é meu lugarzinho
Onde sinto a brisa do vento
E ouço o canto dos pássaros
Mas é uma pena saber
Que ele será destruído com o tempo

Cachorros correndo
Carros passando
Novas pessoas chegando
Para conhecer meu lugarzinho

Quem chega lá
De lá não quer sair
Pois se encanta
E acaba ficando por lá

Meu lugarzinho
Tão bonitinho
Onde quero viver
O resto da minha vida


JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA COSTA JUNIOR     6D

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MINHA CIDADE TÃO BELA!


Sou grata em morar aqui
Abençoada cidade tão bela!
Ostentas tantas belezas!

Jamais esquecerei que sou filha desta terra
Outras terras já vi
A mais bela é esta daqui
O seu céu é majestoso

Não há em outro lugar!
És Garbosa com suas montanhas tão verdes
Pássaros a revoar
Os animais vivem felizes, livres a festejar
Maravilhosa é esta cidade
Única em Minas Gerais
Conquista seus moradores e visitantes
Entusiasmo e alegria são marcas do povo
Não há como negar
Oh, cidade tão bela!


AYLA XAVIER GASPAR    6D






As melhores crônicas

Aí estão as melhores crônicas produzidas pelos alunos dos 9os anos na etapa escolar da Olimpíada de Língua Portuguesa da E. M. Dr. Augusto Glória, começando com a vencedora:



Brincadeira de criança

            O lugar onde vivo se chama São João Nepomuceno, no interior de Minas Gerais... Sim, Minas Gerais que é mundialmente conhecida pelo nosso maravilhoso pão de queijo. É uma cidadezinha pequena, mas acolhedora e que pouco a pouco está passando por transformações. Em todos os lugares que olhamos podemos ver canteiros de obras.
            Andando pela rua no fim do dia, vi algumas crianças correndo e não eram poucas não, eram muitas, para cima de dez. Fiquei curiosa, então parei e fiquei observando-as. Estavam tão felizes com um brilho diferente nos olhos. Foi então que ouvi uma das crianças gritarem: “queimei!!!”, só aí pude saber do que elas estavam brincando.
            Por um pequeno momento lembrei da minha infância, de como eu adorava brincar de bola na rua. Estas crianças são capazes de se contentarem e de ficarem felizes com tão pouco!
            A cada minuto que se passava o jogo ia ficando mais apreensivo para elas, estavam loucas para saber quem seria o grande ganhador da brincadeira. Estava me segurando para não entrar e começar a brincar com elas, porém não quis interrompê-las.
            Finalmente o jogo acabou. Era uma menina loirinha baixinha quem havia ganhado o jogo, sua felicidade era contagiante, parecia que havia ganhado milhões na loteria. Rapidamente trataram de inventar outra brincadeira, muito divertida por sinal. Mas não pude ficar para ver as crianças mais uma vez.
            Segui caminhando até a minha casa pensando em apenas uma coisa, em como esses antigos costumes estão ficando para traz com o passar do tempo. Antigamente as pessoas sentavam na porta de casa e ficavam conversando com o vizinho para jogar conversa fora. Tinham o tradicional almoço de domingo. Essas coisas simples e boas da vida estão sendo esquecidas pela população. Deve ser por causa dessa tal tecnologia, cada vez mais avançada, que faz com que as crianças esqueçam o verdadeiro sentido de ser criança.

Marcelly Oliveira Pinton  9ºC

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A mudança dos tempos

         Pouca idade tenho para conhecer muito da vida, mas sei que minha cidade mudou. Vejo hoje cenas que antigamente eram muito raras, os mais velhos diziam ser tranquilo e sossegado este lugar.
         Infelizmente, hoje em dia não é mais assim.
         Por ser cidade tão pequena devia ter tanta violência? Jovens se drogando e roubando. Cadê a cidade onde se podia deixar a casa aberta ao sair e quando voltava estava como deixou? Onde estão as crianças brincando na praça ou andando de bicicleta na rua? Estão em casa no videogame, no computador e no celular.
         A cidade continua pequena mais com violência de cidade grande. A cidade que era tranquila hoje mudou se modernizou e perdeu antigos valores.

Beatriz da Rocha Rizzo    9º A

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Ao meu entorno
         Ao meu entorno, vejo pessoas acordando cedo todos os dias para garantir o futuro dos filhos, o pão de cada dia. Vejo crianças perdendo um pouco daqueles velhos costumes das brincadeiras de rua, os piques pelas calçadas, e as peladas até a virada da noite. Sinto falta de dizer que conheço e confio em todos do lugar onde vivo.
         Sinto medo de dormir com as janelas abertas e as portas destrancadas e que levem de mim até mesmo as lembranças de modo totalmente agressivo. Fico feliz ao saber que algumas coisas ainda se mantêm intactas, como as pracinhas que hoje são pontos não apenas turísticos, mas também de encontro entre amores, com pessoas que se sentem bem em estarem ali.
         Ainda assim me preocupo com que olhares as crianças de hoje olharão para a cidade como adultos amanhã, eu tenho medo de que não haja um amanhã por aqui.

GEISA 9ºC

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Cidade Garbosa?!
           Pensando sobre o que eu falaria na minha crônica à respeito do lugar onde vivo, eu tinha vários assuntos em mente, porém apenas um dentre eles me interessou, que é o assunto “não posso cobrar nada além do que me foi prescrito“. Mas o que essa frase teria de compatibilidade com o lugar onde eu vivo?
          Bom, outro dia eu estava andando na rua com o meu primo - estávamos conversando - quando sem nem termos tempo de esboçar alguma reação, fomos surpreendidos por um “marginalzinho” que roubou o boné do meu primo e saiu caminhando normalmente como se nada houvesse ocorrido naquele instante.
              Esse tipo de fato tem se tornado quase que cotidiano, e é nesse ponto que eu desejava chegar. Nós moradores, não é de agora, estamos notando claramente que a criminalidade e a violência da nossa cidade estão aumentando drasticamente, porém o que devemos fazer para acabar, ou pelo menos amenizar essa situação?
         Não é possível mudar o passado, mas se nós quisermos, podemos mudar o futuro da nossa cidade, mas temos que começar agora! Porque se não fizermos hoje, não poderemos cobrar no amanhã nada além do que nós “escrevemos” na história da nossa cidade! A nossa situação ainda não é alarmante, mas temos que nos lembrar que só se colhe o que se planta! Não se nasce uma vespa de uma abelha e nem uma abelha de uma vespa!

Ezequiel 9º A

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Embaixo do asfalto
Sentada em frente ao computador. Word em branco, tendo que produzir um texto com o tema, “O lugar onde vivo” e nada me vem à mente. Este deveria ser o assunto mais fácil de escrever não deveria? Afinal, toda a minha vida foi passada aqui. Mas mesmo assim, nada. “O lugar onde vivo, o lugar onde vivo..”. Foi pensando assim que me lembrei da melhor época da minha vida, minha infância.
Cidadezinha do interior, um bairro lotado de crianças com no máximo oito anos, uma rua com pouco movimento e um verão deslumbrante. Os pais do lado de fora, sentados em cadeiras brancas de plástico, conversando com os das casas mais próximas.
Bem, eu me encaixo no grupo das crianças, as que tinham muita vergonha de conversar e falar besteira, que sempre se preocupavam com o que os pais falariam na hora que  se chegava em casa - se reclamariam de toda aquela bagunça-, mas na hora do “vamos ver” na queimada era uma capetinha e esquecia toda a vergonha e o resto.
“Eu pego o tijolo daquela construção para marcar o chão!” “Eu faço a bola de meia.”  Eu bato time com a Rafaela, par ou ímpar Rafa?” “Daqui cinco minutos aqui hein gente, que quem ganhar não paga mico!” Era uma confusão danada, gente correndo em casa, marcando o chão, todo mundo ouvindo o falatório dos pais que, quando escurecesse, era pra entrar.
Depois a disputa. Ah como éramos competitivos. Sete anos de puro entendimento do adversário. Das olhadas cúmplices até números para identificar as jogadas do time oposto e falar para os parceiros.  “Queimei!!!!!” “Cabelo não vale não queridinha! Você é cega?” Falas com toda generosidade e amor ao próximo, afinal, se perdêssemos, seria uma longa noite de remorso e tentativas de criar novas estratégias para, no outro dia, com certeza ganhar.
As férias de final de ano eram perfeitas, já que não tínhamos hora de acordar e ficávamos até 20:00h na rua! Sim, 20:00h, para você perceber como éramos avançados para a nossa idade!  Gostávamos de jogar descalços para nossa cena de combate árduo e de muito sacrifício ser mais real, pelo menos para nós. Gostávamos de ficar com a camisa suada, grudada no corpo, pois quando contássemos a grande vitória, minuciosamente para os pais, tínhamos provas do “sofrimento”.
Me emociono ao lembrar disso, porque não havia nada mais gostoso e real do que a amizade que tínhamos. Éramos irmãos e irmãs de combate, na vitória ou na derrota, todos unidos, sempre prontos para mais uma rodada. É difícil fazer as coisas permanecerem iguais por 8 anos, pois cada um tomou seu rumo por aí, mas quando nos encontramos sempre acontece a mesma coisa: os olhos brilham, a boca mostra um contido risinho, e a mão se abana em um pequeno tchau, que tem uma enorme técnica de arremessar uma bola simples feita de meia.
Este é o lugar onde vivo, que, agora esconde embaixo do asfalto e das casas de vários andares infâncias sujas de terra, com muito amor e vontade de jogar só mais uma queimadinha, sabe, pra não perder a prática.

Antônia Gotti Cestaro    9º C

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Pequena e pacata cidade


         Ponto de encontro para uns, palco de festas e comemorações para outros, para todos fonte de lazer. Domingo à tarde, super lotada de crianças que correm de um lado para o outro dando altas gargalhadas ensurdecedoras, concluindo o objetivo de se divertir, enquanto seus pais, também avós, resenham sobre algo, a novela talvez.
         Sem deixar de falar das pipocas, quentinhas e branquinhas, ah aquele pipoqueiro...Tão idoso quanto experiente!
         Ponto turístico da minha pacata cidadezinha, que caracteriza tão bem o lugar onde vivo, um dos poucos pontos positivos, que não deixam que os acontecimentos recentes tão deprimentes apaguem o brilho da minha cidade.
         E talvez seja essa a razão da existência das praças, mostrar que, como no sorriso de uma criança, sempre deve haver uma gota de esperança.


Adrielli Dias- 9ºC

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Pequeno grande lugar
         Aqui na minha cidadezinha, no interior da Zona da Mata Mineira, não tem shopping, cinema, metrô, hotel cinco estrelas... Aqui tem escola de qualidade, amigos, lanches deliciosos, e para mim, o melhor de tudo: meu sítio. Sítio esse com pés de frutas, porcos, cavalos, uma casinha humilde, formigas, besouros, grilos, bom, mas isso não vem ao caso.
         Nesse meu pedacinho de chão, há de tudo um pouco - menos a alegria, que essa tem bastante! É no campinho de terra batida com traves de madeira, e nas pipas feitas de bambu e sacolinha plástica que está a presença confirmada de meus primos. A diversão é garantida!
         E por falar em diversão, não me sai da memória meu primeiro aniversário que lá foi realizado. Uma festinha simples, mas com as melhores pessoas que alguém poderia ter. Mas o melhor de tudo, era poder ver naquela inigualável imensidão verde onde os pássaros deixavam seu colorido, o sorriso estampado no rosto de cada um que ali se encontrava.
         A "festinha simples" acabou virando um festão. Chamei muitas amigas - que por sinal vieram em massa. Brincamos muito. Brigamos? Talvez na hora de escolher os times para a queimada, mas tudo foi incrível, e aposto que elas também amaram sair da rotina.
         O único ruim é que havia chegado a hora de cantar os parabéns, e logo todas iriam embora, levando consigo minha felicidade, mas rapidamente fiquei empolgada: Ano que vem tem mais!
         Pois é, como podem notar, no lugar onde vivo, tem tudo do bom e do melhor, só depende de nós enxergar o que cada coisa, por mais que pequena, tem de grandeza escondida.

Gabriele Lopes Knop  9°C

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Apreciem esta crônica da aluna Geisa

Pelo mundo todo

     Mundo... Grande mundo... Fonte de conhecimento, incríveis descobertas. Um "guarda - costa máster" deste grande baú de esperança.
    Em cada esquina uma pessoa, em cada pessoa uma vida, a cada vida uma sabedoria. Corpo este designado a querer, a desejar cada vez mais suas novas descobertas. Em cada vida uma nova forma de amar, uma nova pessoa à desejar.
     Querer é fácil, desejar faz parte, viver é arte. Arte que só tem um Picasso, e só pode ser feito por aquele corpo que contém a coragem, o medo e a ousadia. Sim, eu disse medo e coragem na mesma frase!
     E se eu quisesse dançar agora? E se eu quiser ser a Presidente? E se eu não quiser ser? Ser alguém é viver sabendo que o amanhã pode não chegar, e mesmo assim resistir ao hoje e querer o amanhã, e ainda sim sonhar com o Paraíso. Ser alguém é tão complicado, tão complexo, porém ao mesmo tempo é tão...tão... tão EU!
     Mundo... Pequeno mundo... De pequenas criaturinhas, que nele chegam indefesas (da um dó não é mesmo?!). Nem sempre as grandes escolhas realmente são as maiores. Pequenos seres, pequenas vontades, e sonhos da dimensão de seus pensamentos, que no geral, voam bem longe. A maioria coisas fúteis.
     Mas convenhamos, não é isso o que somos???! Simples coisas fúteis, que nascem, vivem e morrem. Sem se quer saber pra onde vão, pra que e porque realmente aqui estão.

Geisa 9ºC


segunda-feira, 24 de março de 2014

Mai uma crônica pra distrair

APRENDA A CHAMAR A POLÍCIA

Luís Fernando Veríssimo.

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram- me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal.
Não precisa mais ter pressa.
Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardado em casa para estas situações.
O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado.
Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CRÔNICA - Vídeo da série Palavra Puxa Palavra

Muito bom este vídeo divertido e esclarecedor que fala do gênero crônica, que vamos estudar.
Vale a pena assistir!


Sobre a Crônica

     Uma leitora se refere aos textos aqui publicados como "reportagens". Um leitor os chama de "artigos". Um estudante fala deles como "contos". Há os que dizem: "seus comentários". Outros os chamam de "críticas". Para alguns, é "sua coluna".
     Estão errados? Tecnicamente, sim – são crônicas –, mas... Fernando Sabino, vacilando diante do campo aberto, escreveu que "crônica é tudo que o autor chama de crônica".
     A dificuldade é que a crônica não é um formato, como o soneto, e muitos duvidam que seja um gênero literário, como o conto, a poesia lírica ou as meditações à maneira de Pascal. Leitores, indiferentes ao nome da rosa, dão à crônica prestígio, permanência e força. Mas vem cá: é literatura ou é jornalismo? Se o objetivo do autor é fazer literatura e ele sabe fazer...
     Há crônicas que são dissertações, como em Machado de Assis; outras são poemas em prosa, como em Paulo Mendes Campos; outras são pequenos contos, como em Nelson Rodrigues; ou casos, como os de Fernando Sabino; outras são evocações, como em Drummond e Rubem Braga; ou memórias e reflexões, como em tantos. A crônica tem a mobilidade de aparências e de discursos que a poesia tem – e facilidades que a melhor poesia não se permite.
     Está em toda a imprensa brasileira, de 150 anos para cá. O professor Antonio Candido observa: "Até se poderia dizer que sob vários aspectos é um gênero brasileiro, pela naturalidade com que se aclimatou aqui e pela originalidade com que aqui se desenvolveu".
     Alexandre Eulálio, um sábio, explicou essa origem estrangeira: "É nosso familiar essay, possui tradição de primeira ordem, cultivada desde o amanhecer do periodismo nacional pelos maiores poetas e prosistas da época". Veio, pois, de um tipo de texto comum na imprensa inglesa do século XIX, afável, pessoal, sem cerimônia e no entanto pertinente.
     Por que deu certo no Brasil? Mistérios do leitor. Talvez por ser a obra curta e o clima, quente.
     A crônica é frágil e íntima, uma relação pessoal. Como se fosse escrita para um leitor, como se só com ele o narrador pudesse se expor tanto. Conversam sobre o momento, cúmplices: nós vimos isto, não é leitor?, vivemos isto, não é?, sentimos isto, não é? O narrador da crônica procura sensibilidades irmãs.
     Se é tão antiga e íntima, por que muitos leitores não aprenderam a chamá-la pelo nome? É que ela tem muitas máscaras. Recorro a Eça de Queirós, mestre do estilo antigo. Ela "não tem a voz grossa da política, nem a voz indolente do poeta, nem a voz doutoral do crítico; tem uma pequena voz serena, leve e clara, com que conta aos seus amigos tudo o que andou ouvindo, perguntando, esmiuçando".
     A crônica mudou, tudo muda. Como a própria sociedade que ela observa com olhos atentos. Não é preciso comparar grandezas, botar Rubem Braga diante de Machado de Assis. É mais exato apreciá-la desdobrando-se no tempo, como fez Antonio Candido em "A vida ao rés-do-chão": "Creio que a fórmula moderna, na qual entram um fato miúdo e um toque humorístico, com o seu quantum satis de poesia, representa o amadurecimento e o encontro mais puro da crônica consigo mesma". Ainda ele: "Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas".
     Elementos que não funcionam na crônica: grandiloquência, sectarismo, enrolação, arrogância, prolixidade. Elementos que funcionam: humor, intimidade, lirismo, surpresa, estilo, elegância, solidariedade.
     Cronista mesmo não "se acha". As crônicas de Rubem Braga foram vistas pelo sagaz professor Davi Arrigucci como "forma complexa e única de uma relação do Eu com o mundo". Muito bem. Mas Rubem Braga não se achava o tal. Respondeu assim a um jornalista que lhe havia perguntado o que é crônica:
     – Se não é aguda, é crônica.
IVAN ÂNGELO
Veja São Paulo, 25/4/2007

O QUE É LETRAMENTO?



Letramento não é um gancho
Em que se pendura cada enunciado,
Não é treinamento repetitivo
De uma habilidade,
Nem um martelo
Quebrando blocos de gramática.

Letramento é diversão
É leitura à luz de vela
Ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente,
O tempo, os artistas da tv
E mesmo Mônica e Cebolinha nos jornais de domingo.

É uma receita de biscoito,
Uma lista de compras, recados colados na geladeira,
Um bilhete de amor,
Telegrama de parabéns e cartas
De velhos amigos.

É viajar para países desconhecidos,
Sem deixar sua cama,
É rir e chorar
Com personagens, heróis e grandes amigos.

É um átlas do mundo,
Sinais de trânsito, caças ao tesouro,
Manuais, instruções, guias,
E orientações em bulas de remédios,
Para que você não fique perdido.

Letramento é sobretudo,
Um mapa do coração do homem,
Uma mapa de quem você é,
E de tudo o que você pode ser.



(Kate M Chong)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Boas-vindas 2014

Então vamos começar nosso ano letivo de 2014!




A sede e a fome de aprender

No ensinar e aprender, no aprender e ensinar
está contida antes uma relação,
uma relação de humildade
de quem ensina e de quem aprende.
Ninguém sabe tão pouco
que não tenha o que ensinar
e ninguém sabe tanto,
que não tenha o que aprender.
Assim, ser discípulo é ser mestre,
porque entre o desejo e a ação de aprender
nascem dificuldades,
mas com a determinação são superadas.
Ao estudante foi dada a sede, a fome para aprender
e saciá-las é a principal busca;
respeitando a quem ensina,
organizando o tempo,
priorizando o horário
e mais,
dedicando amor e zelo ao conhecimento.

                                                           Gerado Lima