quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Crônica vencedora da etapa escolar da OLP


Esta crônica é do aluno Iuri Cruz, do 9º ano C. Ela venceu a etapa escolar da Olimpíada de Língua Portuguesa 2012.

Parabéns, Iuri!!!!





Chegadas e partidas


Era calmo naquela noite o movimento da Praça Barão do Rio Branco que fica próxima à rodoviária. O silêncio predominava, pois, à noite, o frio e a rua não são uma boa combinação nessa época do ano no lugar onde moro. Por isso a maioria das pessoas estava em casa. Fico a observar a rua em frente à praça, quando meu olhar se esbarra na rodoviária e percebo várias pessoas sentadas, que esperam por familiares que não viam já fazia tempo.

Fico observando-as por alguns segundos quando de repente, um barulho de motor se destaca em meio ao silêncio e vai chegando mais perto. Era um ônibus, que com ele trazia pessoas de um lugar distante onde a saudade e a tristeza predominavam. A cada metro andado pelo ônibus mais fortes eram as batidas dos corações de quem o esperava ansiosamente. De repente, o ônibus quase chegando ao seu tão esperado destino, começa a virar uma curva que precedia o encontro, que para quem ali aguardava por quem ama e não via há muito tempo era um obstáculo muito grande. Cada segundo que se passava era uma eternidade para quem esperava.

Quando o ônibus pára, olho pro banco da rodoviária e observo cada olhar, cada expressão de quem esperava ali sentado no banco e dos que já se levantaram, pois não conseguiram conter a felicidade ao ver que quem esperava há tanto tempo já estava pra chegar. A porta do ônibus se abre. Mais fortes ainda são as batidas dos corações. A primeira pessoa desce - um garoto de aproximadamente dezessete anos. Ele olha pra um lado e para o outro e acha quem já procurava fazia tempo e não conseguia encontrar, pois a distância o impedia. A cena mais provável e bonita acontece. Uma corrida, um abraço e um choro. Como deve ser bom reencontrar a sua mãe depois de meses sem vê-la.

Não consegui entender muito bem o que a mãe e o garoto conversavam, pois as falas foram abafadas pelo forte abraço de quem a saudade quase matou. Mais pessoas desceram do ônibus e todas receberam abraços calorosos, beijos, boas notícias e mais abraços de seus familiares, os namorados de suas namoradas e vice-versa. 
A humilde e pequena conclusão que cheguei depois de presenciar tais cenas foi de que em todas as rodoviárias, não só a de minha cidade mais em todas do mundo haverá pessoas como essas que esperam que a pessoa que ama volte e a pessoa que foi também sonha em voltar.

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