segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Poemas de alunos

A ESTRELA E O CLARÃO

A estrela parece com a cera
Que você passa no chão
E brilha como um clarão.

A estrela quando brilha no céu,
Ofusca a escuridão
Deixando a noite maravilhosa.

Carlos Willian (6ºA)


O SOL E A LUA

O Sol clareia a rua
Reflete na água que brilha
E quando escurece o dia
É ela quem chega, a Lua
Com aquela luz branca
Iluminando a linda noite.

Daniel Henrique (6ºA)


A LUA

A Lua é bonita
Tão bonita assim não há
Quando ela nasce
Ilumina o meu olhar
A Lua é bonita
Nas noites de verão
Quando ela esta cheia
Ilumina o meu coração

Luis Alberto (6ºA)


AS ESTRELAS

A estrela brilha como diamante
Brilha, brilha como diamante
Tão bonita assim não há
Quando brilha
Iluminam nosso olhar
Enche nossos olhos de água
Enfeitando o céu
Pra gente admirar

Lucas (6ºA)


O SHOW DAS ESTRELAS NO CÉU

Estrelas brilham no céu.
E juntas parecem um véu
Que à noite cobre o céu.

Quando o dia vai caindo
Estrelas vão surgindo
Banhando um céu infinito
Deixando tudo mais bonito.

Mas quando o Sol surgir
Elas irão partir.

E quando a noite chegar
Elas irão voltar.

Para um novo show começar.

Talita Karolai (6ºA)


A LUA

A Lua brilhante brilha no céu.
Pinta o mar de prata no papel.
Todo dia ela risca o céu leste a oeste.

A Lua sombreia a Terra com o eclipse.
Em noites escuras, a Lua ilumina a rua
Desaparece no céu como um cisco.

A Lua crescente dá felicidade à gente
A Lua minguante é fina
A Lua cheia brilha no mar.

Ruan Lucas (6ºA)


OS ASTROS

O Sol é a luz da nossa escuridão.
As estrelas vaga-lumes na imensidão.
A Terra é o chão que pisamos.
A Lua um lugar onde flutuamos.

Os astros são tão grandes de perto,
E de longe tão pequenos.
Vaga-lumes que, sem piscar,
Brilham no céu sem parar.

Pâmela Luiza (6ºA)


A ESTRELA

A estrela brilha
Brilha como enfeite de natal
Brilha a noite,
Só não brilha
Com a presença do Sol.

Henrique (6ºA)


AS ESTRELAS

As estrelas são enfeites do céu
Quando a noite vai chegando
Mais estrelas vão brilhando
Como um bordado véu
Que vai cobrindo o céu

Lívia (6ºA)


BRILHO NA NOITE

As estrelas brilham
Na noite escura
Brilham tanto
Que chegam a me encantar

Estrela tão pequena
Mas capaz de iluminar
A pinguela na mata escura

É bonito quando a Lua
Brilha igual metal
Quando reflete o Sol

Noite de Lua cheia
A Lua no matagal
Brilha como farol

Gilberto (6ºA)


TUDO QUE HÁ NO CÉU

A Lua é linda quando brilha
Como tudo que há no céu
O Sol incandesce
Quando o dia amanhece

O Sol apaga, a Lua acende
O Sol acende, a Lua apaga
O girassol dança
À procura do Sol que gira

E os planetas girando
Como numa roda gigante
Completam o vai e volta
Desse universo dançante

Samara (6ºA)


O SISTEMA SOLAR

Vamos começar do fim,
Vamos começar com PLUTÃO.
Aí que frio Plutão é gelado!
Muito gelado!

NETUNO, aí que lindo!
A cor azulada de Netuno,
Apaixona qualquer um!

URANO é forte!
Forte e que da inspiração.

Que maravilha SATURNO!
Com seus asteróides destruidores!
Agora todos maravilhosamente maravilhados
Com o fantástico cinturão
De asteróides!

Ora, mas lá vem JÚPITER
Com seu grande olho
Vermelho e curioso!

MARTE, Marte é vermelho,
Marte é sem graça,
Não gosto de Marte.

Agora é a vez da TERRA.
Nossa vida depende dela,
Vamos ter cuidado com ela!

VÊNUS nunca ouvi falar
Ou prefiro não comentar!

MERCÚRIO é quente!

O SOL é fascinante!

Ana Carolina (6ºA)


SE A LUA FOSSE MINHA

Se a Lua fosse minha
Eu mandava iluminar
Com luzes bem brilhantes
Para o meu amor passar

Se na Lua tivesse casa
Eu iria morar lá
Com meu filho, mãe, esposa
Para a gente se casar

Se a estrela refletia
Eu chamava o meu amor
Pra gente namorar
Debaixo do cobertor

Eu queria ir para Marte
Mas não tem jeito não
Se eu tivesse um foguete
Iria também pra Plutão.

Matheus Severino (6ºA)


A ESTRELA

A estrela reflete a luz no céu.
A estrela reflete a luz do seu olhar.
Reflete o amor que eu sinto por você.

Na estrela cada vez mais
Eu vejo seu rosto.
Olhando para a estrela
Sinto o que qualquer mulher
Sente pelo seu amor.

Ás vezes começo a te esquecer
Mas é só olhar para as estrelas
Que eu lembro de você.

Juliana Luiza (6ºA)


COISAS QUE FAZEM A GENTE BRILHAR

No céu há estrelas
Que brilham a noite inteira.

O Sol de dia também brilha
Como a vida.

A Lua à noite
Faz todos sonhar.

A Lua e as estrelas
Inspiram quem faz poesia.

Joyce (6ºA)


COMPARAÇÕES

Pego lápis e papel
E vou pintando a Lua
Lá no céu.

Depois desenho o Sol
Que brilha como um farol.
Desenho ainda os planetas
Enfeito com estrelas e cometas.

Quem será que desenhou
Tudo lá no céu?
Alguém que pintou
Com lápis e papel.

Thierry (6ºA)


COISAS QUE FAZEM A GENTE PENSAR

Luz
Sol
Calor

Céu
Estrelas
Luar

Saudade
Poesia
Esperança

Música
Sentimento
Canção

Todos
Dançam
No meu coração.

Todas as palavrinhas acima
Fazem parte dos meus versos.
Sem elas não haveria poema
Muito menos universo.

Wanessa (6ºA)


OS ASTROS

O Sol é um astro
No céu a brilhar
A Lua é bonita
Tão bonita assim não há
As estrelas brilhantes
Purpurinas do céu
Mesmo tão pequeninas
Brilham no meu olhar.

Carolaine (6ºA)


AS FASES DA LUA

Lua crescente
Afiada como dente.
Lua cheia
Crateras na areia.
Lua minguante
Anel de diamante.
Lua nova
A vida se renova.

Quatro fases, quatro luas.
Dia e noite a Lua desejo.
Dizem que ela feita de queijo,
Mas eu acho que é de sonho.

Arilsson (6ºA)


NOITE ESTRELADA

Um dia olhei para o céu
Era uma noite estrelada
A Lua, os planetas, o universo.
Na imensidão encontrei Deus.

Numa noite azulejada,
Enquanto as estrelas assoviavam,
O foguete todo equipado pulava
E a Lua brilhava e brilhava.

Matheus Luis (6ºA)


BELEZA DO CÉU

A Lua e o Sol
Planetas, constelações
De perto são muito grandes
De longe, pontinhos brilhantes.

Estrelas cadentes
Quando se juntam na noite
Parecem fogos de artifício
Festejando a beleza do céu.

E olhando para cima penso:
Espero que esse céu nunca mude.

Bruno (6ºA)


VIAGEM PELO UNIVERSO

Um astronauta pela primeira vez
Pisou na Lua
E foi uma vitória conquistada
Ali, em uma cratera
Deixou sua marca registrada.
A bandeira dos Estados Unidos
E suas próprias pegadas.

Novamente, com seu foguete,
Por sobre a Terra ele viajou.
Passando por vários planetas.
Marte, Vênus, Júpiter e Plutão.

Olhando as grandes estrelas
Brilhantes com seu esplendor,
Avistou de longe o Sol
Que parecia uma bola de fogo.

E agora, meus amigos
Temos que concordar
Nosso universo é um mistério
Que precisamos estudar.

Mayk (6ºA)


O SOL E A LUA

O Sol gostava da Lua
Mas tinha um problema
Os dois eram de tempos diferentes
O Sol era do dia
E a Lua da noite.

Hugo Marcelino(6º A)


O SOL

O Sol é
Tão brilhante!
Contagiante!

Que beleza,
Que nobreza,
Que proeza!

O Sol nos guia,
O Sol nos contagia!

Matheus Kaique (6ºA)


O SOL

O Sol
É tão bonito!
É mais bonito
Que a Lua.

Quando amanhece,
Ele aparece.
Quando anoitece,
Ele desaparece.

Maicon (6ºA)


O AMANHECER

O Sol ao amanhecer
Parece uma pedra de diamante
Quando seus raios batem no mar
Deixam tudo dourado, brilhante

Quem foi que acendeu
O Sol de manhã no céu?

Ramon (6ºA)


O SOL E A LUA

O Sol se foi e a Lua apareceu
Com aquele brilho bem forte
E a noite nasceu.

E depois de um tempo o Sol nasceu
Com aquele calor tão grande
Que a Terra aqueceu.

Marcelo (6ºA)


O SOL

O Sol nasce dentro de mim.
Esperança que nasce assim,
Como milho que vira pipoca no calor
O Sol atrai até o girassol que é flor.

O Sol aquece o meu coração.
Pipocar com Sol assim eu quero.
Acelerar o ritmo da emoção.
Eu adoro o Sol de verão!

Vanessa Pires (6ºA)



O ECLIPSE

Um dia o Sol queria
Com a Lua namorar
Mas um problemão teria
Com iriam se encontrar?

Quando o Sol de um lado estava
E com seu brilho iluminava
A Lua do outro lado sorria
E o brilho do Sol refletia

Depois de muito tempo passado
O encontro foi marcado
Tamanho encontro aconteceu
Que a Terra até escureceu

Elias (6ºA)


ASTROS DO AMOR

Quando se sentir só
Olhe para as estrelas
Pois elas refletirão
O amor que sinto por você

Quando olhar para a lua
Lembre-se de nós dois
Naquela rua tão escura...

Glauciane (6ºA)


O SOL

O Sol brilha em um dia lindo
Não há um dia melhor sem Sol.
O Sol deixa a vida mais bela
E em dia de chuva não há.
Onde o Sol foi parar?

Aquele dia de Sol estava lindo
Sem o Sol o dia não é bom.
Ele está pra todo lado.
Quem vai esquentar o dia?
Só pode ser o Sol!

Leonardo (6ºA)

Feira de Ciências

Queridos alunos, nossa Feira de Ciências foi um sucesso! Parabéns a todos pelo compromisso e dedicação aos trabalhos e à apresentação. Aqui vão algumas fotos do nosso trabalho "Poesia e Astronomia".





segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Grandes Palavras da Língua Portuguesa

Nenhuma palavra é criada por um falante da Língua Portuguesa com a quantidade de letras, como as que aparecem abaixo. O normal é que surjam pequenas, como um núcleo, e, à medida que um especialista precisa denominar as coisas ou as idéias, vai acrescentando novas formas, uma ao lado da outra, chamadas de radicais, prefixos e sufixos, como foi acrescentado ao núcleo pneumo (relativo a pulmão), constitucion (relativo a leis), oftalmo (relativo a olho) etc. Podemos dizer que são palavras construídas por especialistas, ou termos técnicos e científicos, que fazem parte de terminologias especializadas.
Os termos seguintes são considerados grandes palavras da Língua Portuguesa, mas não podemos nos esquecer de que, na construção delas, as formas são retiradas do latim e do grego e já estão incorporadas ao português.


Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico – nada mais é do que o indivíduo acometido pela doença pulmonar chamada de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose ou pneumoconiose.
Total de letras: 46

Anticonstitucionalissimamente – advérbio que descreve algo que é feito contra os princípios da Constituição.
Total de letras: 29

Oftalmotorrinolaringologista – médico especialista em doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta.
Total de letras: 28

Inconstitucionalissimamente – advérbio sinônimo de anticonstitucionalissimamente.
Total de letras: 27

Etilenodiaminotetracetico – ácido conhecido como poderoso reagente.
Total de letras: 25

Metilcloroisotiazolinona – é um conservante químico usado em vários produtos da indústria farmacêutica e de alimentos.
Total de letras: 24

Eletroencefalograma – é um exame usado para o diagnóstico e acompanhamento de várias doenças do sistema nervoso.
Total de letras: 19

Ceratoconjuntivite – tipo de inflamação na córnea.
Total de letras: 18

Sugestionabilidade – é uma qualidade psicológica que define a disposição de alguém para receber uma idéia e ser por ela influenciado.
Total de letras: 18

Paralelepípedo – é um prisma cuja base é um paralelogramo.
Total de letras: 14

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Poesia

TEM TUDO A VER
(Elias José)


A poesia
Tem tudo a ver
Com tuas dores e alegrias,
Com as cores, as formas, os cheiros,
Os sabores e a música
Do mundo.

A poesia
Tem tudo a ver
Com o sorriso da criança,
O diálogo dos namorados,
As lágrimas diante da morte,
Os olhos pedindo pão.

A poesia
Tem tudo a ver
Com a plumagem,
O vôo e o canto do pássaro,
A veloz acrobacia dos peixes,
As cores todas do arco-íris,
O ritmo dos rios e cachoeiras,
O brilho da lua, do sol e das estrelas,
A explosão em verde, em flores e frutos.

A poesia
- é só abrir os olhos e ver -
Tem tudo a ver
Com tudo.

Nosso cérebro

É mesmo um barato

O nosso cérebro é doido !!! De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa.

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Um poema sobre o livro

Caixa mágica de surpresa
(Elias José)


Um livro
é uma beleza,
é caixa mágica
só de surpresa.

Um livro
parece mudo,
mas nele a gente
descobre tudo.

Um livro
tem asas
longas e leves
que, de repente,
levam a gente
longe, longe.

Um livro
é parque de diversões
cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.

Um livro
é uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.

É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata no mar,
um foguete perdido no ar,
é amigo e companheiro.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Monteiro Lobato e o livro infantil

18 de ABRIL - DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL

Em 18 de Abril é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil. Esta data foi escolhida por ser o aniversário de José Bento Monteiro Lobato, o primeiro autor infantil brasileiro. Antes dele, as histórias para as crianças eram traduzidas. Monteiro Lobato criou enredos que encantam os pequenos até hoje e o mais famoso deles é o Sítio do Pica-Pau Amarelo.


José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, 18 de abril de 1882 — São Paulo, 4 de julho de 1948) foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. Foi o "precursor" da literatura infantil brasileira e ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo, bem como divertido, de sua obra de livros infantis, o que seria aproximadamente metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de inúmeros e deliciosos contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, prefácios, um livro sobre a importância do petróleo e do ferro e um único romance, O Presidente Negro, que não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças.

Veja abaixo um pouco mais sobre algumas das obras de Monteiro Lobato, são ótimas sugestões de leitura:

Reinações de Narizinho
O livro-mãe, a locomotiva do comboio, o puxa-fila. A saga do Picapau Amarelo começa. Aparecem Narizinho, Pedrinho, Emília, o Visconde, Rabicó, Quindim, Nastácia, o Burro Falante... e o milagre do estilo de Monteiro Lobato vai tramando uma série infinita de cenas e aventuras, em que a realidade e a fantasia, tratadas pela sua poderosa imaginação, misturam-se de maneira inextrincável - tal qual se dá normalmente na cabeça das crianças. O encanto que as crianças encontram nestas histórias vem sobretudo disso: são como se elas próprias as estivessem compondo em sua imaginativa, e na língua que todos falamos nessa terra - não em nenhuma língua artificial e artificiosa, mais produto da "literatura" do que da espontaneidade natural (1931).

Viagem ao céu e O Saci
Pedrinho consegue obter uma boa dose do pó de pirlimpimpim, o pó mágico que transporta as criaturas a qualquer ponto do Espaço e a qualquer momento do Tempo. Distribuindo pitadas a Narizinho, Emília, Visconde, Nastácia e o Burro Falante, empreende a viagem ao céu astronômico. Vão parar na Lua, onde tia Nastácia vira cozinheira de São Jorge, enquanto os outros visitam Marte, Saturno e a Via Láctea, onde encontram o Anjinho de Asa Quebrada. Enquanto brincam no espaço sideral, vão aprendendo noções de astronomia. Só voltam de lá quando dona Benta os chama com um bom berro: "Já pra baixo, cambada!". Na segunda parte, "O Saci", desenvolve-se a estranha aventura vivida por Pedrinho que conseguiu pegar um saci com a peneira e conservá-lo preso numa garrafa. O diabinho de uma perna só proporciona ao garoto ensejo de conhecer a vida noturna e fantástica das matas - com visões da Mula Sem Cabeça, da Caapora, do Lobisomem, do Boitatá, e das principais criações mitológicas do nosso folclore (1932).

Caçadas de Pedrinho e Hans Staden
Pedrinho organiza uma caçada de onça e sai vitorioso, como também sai vitorioso do ataque das onças e outros animais ao sítio de dona Benta. Depois encontra um rinoceronte, fugido de um circo do Rio de Janeiro, que se refugiara naquelas matas - um animal pacatíssimo do qual Emília tomou conta, depois de batizá-lo de Quindim. Completa o volume a narrativa feita por dona Benta das célebres aventuras de Hans Staden. Esse aventureiro alemão veio ao Brasil em 1559 e esteve nove meses prisioneiro dos tupinambás, assistindo a cenas de antropofagia e à espera de ser devorado de um momento para outro. Mas se salvou e voltou para a Alemanha. Lá publicou o seu livro: o primeiro que aparece com cenário brasileiro e um dos mais pungentes e vivos de todas as literaturas (1933).

História do mundo para as crianças
Este livro de Monteiro Lobato teve uma aceitação excepcional. Nele o autor trata da evolução humana, e da história da humanidade no planeta, na organização clássica de todas as "histórias universais", mas escrita de modo extremamente atrativo, como um verdadeiro romance posto em linguagem infantil. As crianças lêem avidamente esse livro, como leem as histórias da carochinha (1933).

Memórias da Emília e Peter Pan
Emília, a terrível Emília, resolve contar suas memórias, ditando-as ao Visconde de Sabugosa. Das memórias de Emília sai o episódio, tão vivo e interessante, da visita das crianças inglesas ao sítio de dona Benta, trazidas pelo velho almirante Brown. Vieram para conhecer o Anjinho de Asa Quebrada, que Emília descobriu na Via Láctea, durante a Viagem ao Céu. Emília conta tudo - o que houve e o que não houve; e vai dando as suas ideiasinhas sobre tudo - ou a sua filosofia, que muitas vezes faz dona Benta olhar para tia Nastácia, e murmurar: "Já viu, que diabinha?". Na segunda parte, "Peter Pan", dona Benta recebe o famoso livro de John Barrie e o lê à sua moda para as crianças. Durante a leitura, às vezes interrompida por cenas provocadas pelos meninos e sobretudo pela Emília, ocorre o caso do desaparecimento da sombra da tia Nastácia. Quem furtou a sombra da pobre negra? O Visconde é posto a investigar, e como é um excelente Sherlock, descobre tudo: artes da Emília... (1936).

Emília no país da gramática e Aritmética da Emília
Temos aqui uma das obras-primas de Monteiro Lobato e o mais original de quantos livros se escreveram até hoje. Lobato representa a língua como uma cidade, a cidade da Gramática, e leva para lá o pessoalzinho do sítio, montado no rinoceronte. E é esse paciente paquiderme o gramático que tudo mostra e explica. Há a entrevista de Emília com o venerando Verbo Ser, que é pura criação. E a reforma ortográfica, que Emília opera à força, com o rinoceronte ali a seu lado para sustentar suas decisões, constitui um episódio que não só encanta as crianças pela fabulação como ensina as principais regras da ortografia. Na Aritmética da Emília, Monteiro Lobato usa do mesmo recurso e consegue, a partir de matéria tão árida como a aritmética, transformar o velho Trajano numa linda brincadeira no pomar. O quadro-negro em que faziam contas a giz era o couro do Quindim... (1934).

Geografia de Dona Benta
Em vez de estudar geografia nos livros, como fazem todas as crianças, o pessoalzinho do sítio embarca no navio "O terror dos Mares" e sai pelo mundo afora, a "viver" geografia. E a geografia, aquele estudo penoso e às vezes tão sem graça, torna-se uma aventura linda, com paradas em inúmeros portos e descidas em terra para ver as coisas mais notáveis de todos os países. É brincadeira das mais divertidas e preciosíssimo curso de geografia (1935)

Serões de Dona Benta e História das invenções
Certo dia, dona Benta resolve ensinar física aos meninos, e em vários serões faz um verdadeiro curso da matéria, melhor que quando feito, penosamente, nos colégios. A física perde a sua secura. Os diálogos, os incidentes, as constantes perguntas dos meninos e as ocasionais maluquices da Emília, amenizam o processo do aprendizado (1937).

D. Quixote das crianças
As famosas aventuras de D. Quixote de la Mancha e de seu gordo escudeiro, Sancho, são aqui contadas por dona Benta, naquele modo de contar histórias que é só dela. Emília entusiasma-se com o herói e em certo momento resolve imitá-lo - e armada dum cabo de vassoura, feito lança, investe contra as galinhas do quintal. E tantas faz, que tia Nastácia teve que agarrá-la e prendê-la numa gaiola, como aconteceu com o herói da Mancha na sua loucura... (1936).

O poço do Visconde
Um livro interessante em que a geologia, sobretudo a geologia especializada do petróleo, é exposta ao vivo e com profundo conhecimento da matéria. O Visconde vira geólogo, faz conferências, ensina a teoria e depois passa à prática, com a abertura de poços de petróleo nas terras do sítio de dona Benta. E tão bem são conduzidos os estudos geológicos e geofísicos, que a Companhia Donabentense de Petróleo, fundada pelo pessoal do sítio, consegue abrir o primeiro poço de petróleo do Brasil: o Caraminguá nº 1. É o livro pelo qual Monteiro Lobato leva sua campanha pelo petróleo aos leitores infanto-juvenis, como havia feito com os adultos em O Escândalo do Petróleo (1937).

Histórias de tia Nastácia
São as histórias mais populares do nosso folclore, contadas por tia Nastácia e comentadas pelos meninos. Nesses comentários, no fim de cada história, Pedrinho, Narizinho e Emília revelam-se bem dotados de senso crítico, e "julgam" as histórias da negra com muito critério e segurança. É um livro que "ensina" a arte da crítica - lição que pela primeira vez um escritor procura transmitir às crianças (1937).

O Picapau Amarelo e A reforma da natureza
Dona Benta adquire todas as terras em redor do sítio para atender a uma solicitação prodigiosa: os personagens das fábulas resolveram morar lá. Branca de Neve com os sete anões, D. Quixote e Sancho Pança, Peter Pan e os meninos perdidos do País do Nunca, a Gata Borralheira, todas as princesas e príncipes encantados das histórias da carochinha, os heróis da mitologia grega, tudo, tudo que é criação da Fábula muda-se com armas e bagagens para o Picapau Amarelo, levando os castelos, os palácios, as casinhas mimosas como a de Chapeuzinho Vermelho e até os mares. Peter Pan transporta pra lá até o Mar dos Piratas. Acontecem maravilhas; mas no casamento de Branca de Neve com o príncipe Codadad, o maravilhoso sítio é assaltado pelos monstros da Fábula - e no tumulto tia Nastácia desaparece...(1939).

O Minotauro
Neste livro desenrolam-se as aventuras de Pedrinho, do Visconde e da Emília na Grécia Heróica, para onde foram em procura de tia Nastácia. Acontecem mil coisas, e afinal descobrem o paradeiro da negra, graças à ajuda do Oráculo de Delfos. Estava presa no Labirinto de Creta, nas unhas do Minotauro! Mas tia Nastácia já havia domesticado o monstro, à força de bolinhos e quitutes; deixara-o tão gordo que os meninos puderam entrar no Labirinto e salvá-la sem que ele, espapaçado no trono, pensasse em reagir...(1937).

A chave do tamanho
Talvez o mais original dos livros de Monteiro Lobato. Emília, furiosa com a Segunda Guerra Mundial, resolve acabar com ela. Como? Indo à Casa das Chaves, lá nos confins do mundo, e "virando" a Chave da Guerra. Mas comete um erro e em vez da Chave da Guerra vira a Chave do Tamanho, isto é, a chave que regula o tamanho das criaturas humanas. Em consequência, subitamente, todas as criaturas humanas do mundo inteiro "perdem o tamanho", ficam de dois, três centímetros de estatura - e Lobato conta o que se seguiu. Trata-se de um livro rigorosamente lógico, e que transmite às crianças o senso da relatividade de todas as coisas (1942).

Fábulas
Neste livro Monteiro Lobato reescreve as velhas fábulas de Esopo e La Fontaine, mas de modo comentado. A novidade do livro está justamente nestes comentários, em que as fábulas são criticadas com a maior independência - e Emília chega a ponto de "querer linchar" uma delas, cuja lição de moral pareceu-lhe muito cruel. Um livro encantador, em que o gênio dos velhos fabulistas é singularmente realçado pelos diálogos entre os meninos, que a inventiva de Monteiro Lobato vai criando com a maior agudeza e frescura (1922).

Os doze trabalhos de Hércules
Pela primeira vez em todas as literaturas, os famosíssimos trabalhos de Hércules - o mais belo romance fantástico da Antiguidade Clássica - são narrados à maneira moderna - e vivificados pela colaboração de Pedrinho, Emília e o Visconde de Sabugosa. Esses três heroisinhos modernos vão para a Grécia, a fim de acompanhar as façanhas de Hércules - e o fazem tomando parte nelas e muitas vezes salvando o grande herói. Das aventuras ressalta a lição moral: o valor e a superioridade da inteligência expontânea, viva como azougue e sempre vitoriosa (1944).

Fontes:

http://www.lendorelendogabi.com/contos/autores_monteiro_lobato.htm
http://lobato.globo.com/biblioteca_InfantoJuvenil.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monteiro_Lobato

domingo, 5 de abril de 2009

"Origem da expressão mineira 'UAI' –

UAI...NÃO É UAI SÔ
nossahistoria@maisinterior.com.br


Procurando o significado da riquíssima expressão "uai", observei que ela não existe no léxico formal da língua portuguesa. Foi por isso, que nossa história de hoje viajou nos trilhos das antigas cidades históricas mineiras, para tentar uma aproximação e descobriu que "uai" significa algo como a manifestação da tranquilidade do ser humano diante da vastidão do universo. Exemplo: "Parece que vai chover"."Uai, vai mesmo" - o que vale dizer: "Não adianta chorar, a chuva vai molhar e é bom ir procurando um guarda chuva e deixar as águas rolar!". Uai pode ser usado em vários contextos, mas é como manifestação do óbvio latente que exprime seu mais profundo significado. É tipo de expressão que retrata o bom mineiro que sossegado despreza complexas estruturas filosóficas em prol de uma vida tranquila de natureza limpa e crua, cortada por árvores, montanhas, rios e flores. Além disso, por ser formada exclusivamente por três vogais, a expressão "uai" é bastante musical e agradável aos ouvidos.



ORIGEM DA PALAVRA UAI - Segundo a história foi o presidente Juscelino Kubitschek que incentivou o odontólogo Dr. Silvio Carneiro e a professora Dorália Galesso, a pesquisar a origem da palavra "uai". Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do jornal "Estado de Minas Gerais", Dorália encontrou a explicação provavelmente mais confiável: Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam-se através de senhas, para se protegerem das autoridades policiais lusitana. Como conspiravam em porões de cidades antigas como Mariana e Ouro Preto, e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros nas portas dos esconderijos, com as três batidas clássicas da Maçonaria. Lá de dentro, perguntavam: quem é, e os de fora respondiam: UAI - que são as iniciais de União, Amor e Independência. Senha e palavras que foram respeitadas pelos lideres e heróis da inconfidência como Felipe dos Santos e Tiradentes. Só mediante o uso da palavra "Uai", a porta seria aberta aos visitantes. Terminada a revolta da Inconfidência Mineira sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas. Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorporaram ao vocabulário cotidiano, quase tão indispensável como o tutu e o trem danado de bom.

Outra diferente versão da origem da palavra "Uai" - também falada pelos goianos, veio de uma expressão inglesa "why" (por que). Ela foi introduzida no Brasil na época das construções das primeiras ferrovias brasileiras. Conta a história que engenheiros ingleses que vieram supervisionar a construção da ferrovia do aço e pouco ou nada entendiam do idioma português, sempre interpelavam os trabalhadores dizendo "Why this!" (por que isto?). Como as pessoas da região de Minas e Goiás estavam sempre em contato com esses ingleses, eles foram pegando a mania de falar essa expressão, mas em diversos contextos como: Vamos, força, anda logo, coragem, fartura etc. Em pouco tempo a palavra foi aportuguesada e se tornou o famoso "Uai sô".



O DOM MINEIRO - Explica um provérbio mineiro que humildade segue adiante da grandeza e da honra, que ser bonzinho não é o mesmo que ser bobinho, mas de fato um tiquinho diferente da maioria. Juntei-me ao dom do mineiro que não carrega tristeza, mas a alegria de ser dócil e falante, muitas vezes impetuoso, romântico e tímido. Gosto de amar o passado, a história, as tradições, sem desprezar o moderno. O dom mineiro é não perder o direito de dizer também uai, este trem doido e danado de bom, quando as palavras se atropelam no caminho da imaginação. É acreditar na panela cheia, mesmo quando a refeição se resume em angu, feijão tropeiro, bamba de couve, abobrinha e frango com quiabo, ou quando doutor, nem precisa ser chamado de senhor. O dom mineiro é saber cantar música caipira, mas também conversar com Beethoven, Chopin, Tchaikovsky e Carlos Gomes. É acreditar que a felicidade esta nas coisas simples, que as pessoas é um ser tão próximo, tão dentro da alma da gente. É perdoar, dar tapinha nas costas do amigo, mesmo quando esse amigo já lhe passou a perna. É não sai por aí contando vantagem, é olhar para a lua e sonhar, pensar que é queijo e continuar sonhando, pois entre queijos, amor, abraços e beijos a vida é maravilhosa e gostosa, é um trem danado de bom...é Uai!

José Augusto Pereira

Mineirês

MINEIRO CONTANDO UM "CAUSO":
Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomando uma pincumel e cuzinhando um kidicarne com mastumate pra fazer uma macarronada com galinhassada.
Quascaí de susto, quandoví um barui vinde dendoforno, parecenum tidiguerra.
A receita mandopô midipipoca denda galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô e o fiofó da galinha ispludiu!
Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite.
Foi um trem doidimais! Quascaí dendapia! Fiquei sensabê doncovim, proncovô, oncotô. Oiprocevê quelocura!
Grazadeus ninguém simaxucô!

segunda-feira, 16 de março de 2009

DICIONÁRIO

O que é dicionário? Leia esta definição:

Dicionário: É um livro que traz vocábulos de uma língua, dispostos em ordem alfabética e com seu respectivo significado (ou tradução, quando for de outro idioma). O dicionário mais famoso do Brasil é o Aurélio, lançado pela primeira vez em 1975.



Quando pretendemos procurar o significado de uma palavra no dicionário, é indispensável saber a ordem das letras do alfabeto, pois as palavras se organizam pela ordem alfabética da primeira letra de cada palavra, depois da segunda letra, e assim sucessivamente.

Quando lemos um texto ou ouvimos uma palavra que não sabemos o significado, procuramos no dicionário, mas nem sempre encontramos as palavras no dicionário da mesma forma que lemos ou ouvimos, pois muitas vezes elas são variações de outras palavras. Por exemplo:

  • ELEGEU vem do verbo ELEGER. Portanto, se você precisar do significado de ELEGEU, terá que procurar ELEGER no dicionário.
  • INTERPRETAÇÕES está no plural. Se você precisar do significado desta palavra, terá que procurar INTERPRETAÇÃO (no singular) no dicionário.

VAMOS EXERCITAR:

1- Coloque as palavras abaixo em ordem alfabética:

desagradável
desidratação
desacelerar
desculpa
desafinado
desenganar
desaforo
desfazer
desaguar
desgaste
desbocado
desistência
descalço
desilusão

2- Suponha que você tenha que procurar no dicionário as palavras a seguir:

a) mala
b) machucado
c) manual
d) maneira

Entre quais palavras-índices abaixo você procuraria cada uma delas?

  • macaxeira - macumbeiro
  • manchete - mangar
  • maiúscula - maleável
  • mansão - mapear

3- Que palavras você procuraria no dicionário se tivesse que encontrar o significado de:

a) publiquei
b) espalha
c) máscaras
d) ilusões

CARTA ENIGMÁTICA

Esta é uma carta enigmática retirada de uma revista. Ela mistura LINGUAGEM VERBAL e LINGUAGEM NÃO VERBAL para transmitir sua mensagem. Para que o leitor decifre a mensagem é preciso retirar e juntar partes de palavras representadas pelas imagens até que se descubra as novas palavras formadas.

Tente decifrar a mensagem desta carta.


Conto

O PRESENTE DOS MAGOS
(O. Henry)

Um dólar e oitenta e sete centavos. Era tudo. [...] Três vezes Della contou o dinheiro. Um dólar e oitenta e sete centavos. E no dia seguinte seria Natal.
Não havia evidentemente mais nada a fazer senão atirar-se ao pequeno sofá puído e chorar. Foi o que Della fez. [...]
Della terminou de chorar e cuidou do rosto com a esponja de pó. Postou-se junto à janela e ficou a contemplar melancolicamente um gato cinzento caminhando sobre uma cerca cinzenta num quintal cinzento. [...]
Subitamente, afastou-se da janela e postou-se diante de um espelho. Seus olhos estavam brilhantes mas sua face perdeu a cor ao cabo de vinte segundos. Num gesto rápido, soltou o cabelo e deixou desdobrar-se em toda a sua extensão.
Ora, os James Dillingham Youngs tinham dois haveres de que muito se orgulhavam. Um era o relógio de ouro de Jim, que pertencera a seu pai e a seu avô. O outro era o cabelo de Della. [...]
O cabelo de Della, pois, caiu-lhe pelas costas, ondulando e brilhando como uma cascata de águas castanhas. Chegava-lhe abaixo do joelho e quase lhe servia de manto. Ela então o prendeu de novo, célere e nervosamente. A certo momento, deteve-se e permaneceu imóvel, enquanto uma ou duas lágrimas caíam sobre o puído tapete vermelho.
Vestiu o velho casaco marron; pôs o velho chapéu marron. Desceu rapidamente a escada que levava à rua. Parou onde havia um letreiro anunciando: “Mme Sofronie, Artigos de Toda Espécie para Cabelos”. Della subiu a correr um lance de escada e se deteve no alto, arquejante para recompor-se.
- Quer comprar meu cabelo? – perguntou Della.
- Eu compro cabelo – disse Madame. – Tire o chapéu e vamos dar uma olhada no seu.
Despenhou-se, ondulante, a cascata de águas castanhas.
- Vinte dólares – ofereceu Madame, erguendo a massa com mão prática.
- Dê-me o dinheiro depressa – pediu Della.
Oh, as duas horas seguintes voaram. [...] Della se pôs a vasculhar as lojas à procura de um presente para Jim.
Encontrou-o por fim. Fora feito para ele e para ninguém mais. Nada havia que se lhe parecesse nas outras lojas, e ela as revirara de alto a baixo. Era uma corrente de platina, curta, simples e de modelo discreto. [...] Era digna até do relógio. Tão logo a viu, soube que tinha de ser de Jim. Era como ele. Serenidade e valor – a descrição se aplicava a ambos. Vinte e um dólares cobraram-lhe por ela, e Della correu para casa com os oitenta e sete centavos. [...]
Às sete horas, o café estava preparado e uma frigideira quente no fogão esperava o momento de fritar as costeletas.
Jim nunca se atrasava. Della dobrou a corrente no côncavo da mão e sentou-se a um canto da mesa, perto da porta pela qual ele sempre entrava. Ouviu então seus passos no primeiro lance da escada e empalideceu por um instante.
- Oh, Deus, fazei-o por favor achar-me ainda bonita!
A porta se abriu, Jim entrou e a fechou. [...]
Jim avançou alguns passos. Seus olhos estavam fitos em Della e havia neles uma expressão que ela não conseguia ler e que a aterrorizava. [...]
- Jim, querido – gritou – não me olhe desse jeito! Mandei cortar o cabelo e o vendi porque não poderia passar o natal sem dar um presente a você. Ele crescerá de novo… não se aborreça, por favor. Meu cabelo cresce terrivelmente depressa.
Emergindo do seu transe, Jim pareceu despertar rapidamente. Abraçou a sua Della.
Jim tirou um pacote do bolso e atirou-o sobre a mesa.
- Não me interprete mal, Della – disse. – Não acho que haja alguma coisa, corte de cabelo, raspagem ou xampu, capaz de fazer-me gostar menos da minha mulherzinha. Mas se você abrir este pacote, poderá ver por que fiquei abalado no princípio.
Alvos dedos ligeiros desfizeram o atilho e o embrulho. Ouviu-se então um grito extático de alegria, e depois, ai!, uma súbita mudança feminina para as lágrimas e os gemidos, que exigiram o imediato emprego de todos os poderes de consolação do senhor do apartamento.
Pois sobre a mesa jaziam Os Pentes [...]. Belos pentes, de tartaruga legítima, orlados de pedraria – da cor exata para combinar com seu lindo cabelo. [...]
Jim ainda não vira o seu belo presente. Ela lho estendeu ansiosamente na palma da mão aberta. [...]
- Não é uma beleza, Jim? Vasculhei a cidade toda para achá-lo. Doravante, você terá de ver as horas uma centena de vezes por dia. Dê-me o seu relógio. Quero ver como fica nele.
Em lugar de obedecer, Jim deixou-se cair no sofá, pôs as mãos atrás da cabeça e sorriu:
- Della – disse - vamos por os nossos presentes de Natal de lado e deixá-los por algum tempo. São lindos demais para poderem ser usados agora. Vendi o relógio para comprar os seus pentes. Que tal se você fritasse as costeletas agora?
Encontre no texto e explique com suas palavras os elementos do enredo de O presente dos magos, seguindo o esquema a seguir.
1- CONFLITO INICIAL
2- TENTATIVA DE SOLUÇÃO DO CONFLITO
3- CONFLITO 2
4- CLÍMAX
5- SITUAÇÃO FINAL

quarta-feira, 11 de março de 2009

Conto japonês

Espelho no cofre

De volta de uma longa peregrinação, um homem carregava sua compra mais preciosa adquirida na cidade grande: um espelho, objeto até então desconhecido para ele e para os seus próximos. Julgando reconhecer ali, ao olhar-se, o rosto do pai, encantado, ele levou o espelho para sua casa.
Ao chegar na moradia, ele guardou o espelho num cofre no primeiro andar, sem dizer nada a sua mulher. E assim, de vez em quando, quando se sentia triste e solitário, abria o cofre para ficar a contemplar "a face do pai".
Sua mulher passou a ficar ressabiada com as idas e vindas do marido ao andar de cima da casa. Até porque, argumentava ela consigo mesma, ele tinha um aspecto diferente, um ar engraçado, meio apalermado, toda vez que descia do quarto do primeiro andar. Desconfiada, ela passou a espreitá-lo e descobriu que o marido abria o cofre e ficava longo tempo olhando para dentro dele.
Um dia, depois que o marido saiu, ela não aguentou e abriu o cofre. Nele, espantada, viu o rosto de uma mulher. Inflamada de ciúme, investiu contra o marido e deu-se então uma grave briga de família. O pau comeu solto, como se diz.
O homem, o marido, sustentava até o fim, intransigentemente, que era o seu pai quem estava escondido no cofre. Mas a esposa, toda vez que olhava para o cofre via uma mulher carrancuda.
Deu-se que durante a briga, por sorte, passava pela casa deles uma monja, que acabou por se envolver na discussão. Ouviu uma parte, ouviu a outra e, querendo esclarecer de vez a pendenga, a religiosa pediu que lhe mostrassem o cofre.
Depois de alguns minutos no primeiro andar, a monja comentou ainda lá de cima:
— Ora, vocês estão brigando em vão: no cofre não há homem nem mulher, mas tão-somente uma monja como eu!
Encontre no conto acima:
a) O CONFLITO
b) O CLÍMAX
c) A SITUAÇÃO FINAL

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Tartaruga e a Lebre

Construção de fábula a partir da moral

Fábula da Aluna Letícia Costa, do 6ºC

Provérbio escolhido para a moral: "Quem tem boca vai a Roma"

A Tartaruga e a Lebre

Um dia a Tartaruga encontrou com a rainha da floresta que era a Lebre. A Lebre como sempre falando mal da Tartaruga, a chamando de lerda, feia, molenga e tudo mais. A Tartaruga, cansada de escutar as ofenças da Lebre, lhe propôs um desafio: se ela chegasse em Roma primeiro, a Lebre teria que passar o trono de rainha da floresta para a Tartaruga, mas se a Lebre ganhasse, a tartaruga teria que fazer todas as vontades da Lebre.
A Lebre contando vantagem que era mais rápida e sabia chegar em Roma acabou se perdendo no caminho. A Tartaruga esperta foi perguntando o caminho para todos como se chegava a Roma. As duas se econtraram na floresta e como combinado a Tartaruga virou a rainha e disse:
-Quem tem boca vai a Roma!

PARABÉNS LETÍCIA, SUA FÁBULA FICOU ÓTIMA!!!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Início do ano letivo

ESTE ANO SERÁ UM SUCESSO SE...

Este ano será um sucesso se...
houver um sorriso de otimismo,
um sonho de beleza em seu coração e
poesia nas pequenas coisas: na simplicidade da flor,
na inocência das crianças, no silêncio interior,
na amizade, no momento presente,
na oportunidade de ser bom, ser amigo e compreensivo;
sensível ao sofrimento alheio,
grato ao passado que lhe proporcionou experiências
para o futuro.

Este ano será um sucesso se...
você for franco sem ferir,
tiver fé em si, no próximo e em Deus e,
acima de tudo, expressar o que pensa do outro
com uma palavra de carinho, de apoio,
de reconhecimento, de bondade e encorajamento.

Este ano será um sucesso se...
você souber vencer a preguiça, o orgulho,
a indiferença ao sofredor, a tentação da riqueza, da intriga e da inveja,
da intolerância ao ignorante, ao que tem idéias diferentes das suas,
ao menos inteligente, ao egoísta, ao mesquinho.

Este ano será um sucesso se...
você socorrer a quem precisa, aconselhando-o,
estendendo-lhe a mão, dando-lhe ajuda no momento certo,
economizando bens materiais,
esbanjando amor e solidariedade,
entendendo a criança e o idoso,
o adulto que não teve infância e aquele que não sabe amar.

Este ano será um sucesso se...
você der um “bom dia” de coração e
enfrentar com esportividade as desventuras, semear a paz e o amor,
vibrar com a felicidade alheia, com a beleza do sol acordando o dia,
com a gota de orvalho na flor.

Este ano será um sucesso se...
você valorizar cada vitória e o mundo de oportunidades
que se abrirem diante de você e,
começar cada dia com Deus!

Se você for sensível a tudo isso,
então este ano será um sucesso para você e
para os que viverem ao seu redor!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Pontuação - frases

1- Um oficial enviou a seus soldados um telegrama, ordenando-lhes que fossem à guerra. O telegrama dizia:


"IRÃO VOLTARÃO NÃO MORRERÃO"

Todos os soldados morreram na guerra e o oficial garante que não mentiu em seu telegrama. Que pontuação da frase pode provar isso?

2- O diretor pegou em flagrante um funcionário pichando o muro da empresa:


"MORTE AO DIRETOR ELE NÃO É UM CARA LEGAL"

O funcionário, entretanto, afirmou ao diretor que sua intenção era outra e, recorrendo à pontuação, consegue se safar da demissão imediata. Como?

3- Nas frases abaixo, a pontuação estabeleceu uma diferença de sentido. Imagine em que situação cada uma das frases poderia ter sido empregada.

  • Regina não me atendeu. Quando telefonei pela segunda vez, já era tarde.
  • Regina não me atendeu quando telefonei pela segunda vez. Já era tarde.

Pontuação

Leia este texto, de Moacyr Scliar, atentando para sua pontuação:

AI, GRAMÁTICA, AI, VIDA.

[...]
IINFÂNCIA: A PERMANENTE EXCLAMAÇÃO
Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não mama!
Me dá! É meu!
[...]

A PUBERDADE: A TRAVESSIA (OU O TRAVESSÃO)
[...]
— O que eu acho, Jorge — não sei se tu também achas — o que eu acho — porque a gente sempre acha muitas coisas — o que eu acho — não sei — tu és irmão dela — mas o que eu estive pensando — pode ser bobagem — mas será que não é de a gente falar — não, de eu falar com a Alice —

— Alice tu sabes — tu me conheces — a gente se dá — a gente conversa — tudo isto Alice — tanto tempo— eu queria te dizer Alice — é difícil — a gente — eu não sei falar direito.

JUVENTUDE — A INTERROGAÇÃO
Mas quem é que eu sou afinal? E o que é que eu quero? E o que é que vai ser de mim?
E Deus, existe? E Deus cuida da gente? E o anjo da guarda, existe? E o diabo? E por que é que a gente se sente tão mal?
[...]
Mas por que é que tem pobres e ricos? Por que é que uns têm tudo e outros não têm nada? Por que é que uns têm auto e outros andam a pé? Por que é que uns vão viajar e outros ficam trabalhando?[...]

AS PAUSAS RECEOSAS (RECEOSAS, VÍRGULA, CAUTELOSAS) DO JOVEM ADULTO
Estamos, meus colegas, todos nós, hoje, aqui, nesta festa de formatura, nesta festa, que, meus colegas, é não só nossa, colegas, mas também, colegas, de nossos pais, de nossos irmãos, de nossas noivas, enfim, de todos quantos, nas jornadas, penosas embora, mas confiantes sempre, nos acompanharam, estamos, colegas, cônscios de nosso dever, para com a família, para com a comunidade, para com esta Faculdade, tão jovem, tão batalhadora, mas ao mesmo tempo tão, colegas, tão.
[...]

O HOMEM MADURO. NO PONTO.
Uma cambada de ladrões. Têm de matar. Matar. Pena de morte.
O Jorge também. Cunhado também. Tem de matar. Esquadrão da morte. E ponto final. No meu filho mando eu. E filho meu estuda o que eu quero. Sai com quem eu quero.
Lê o que eu quero. Freqüenta os clubes que eu mando.
Tu ouviste bem, Alice. Não quero discutir mais este assunto. E ponto final.

(UM PARÊNTESE)
(Está bem, Luana, eu pago, só não faz escândalo)

O FINAL... RETICENTE...
Sim, o tempo passou... E eu estou feliz... Foi uma vida bem vivida, esta... Aprendi tanta coisa...
Mas das coisas que aprendi... A que mais me dá alegria... É que hoje eu sei tudo... Sobre pontuação...

(Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar e outras crônicas. Porto Alegre: L&PM, 1995. p. 88-91.)

1. O narrador-personagem associa as fases da vida a sete sinais de pontuação e, por meio deles, narra a sua história. Na 1ª parte, a infância é associada ao sinal de exclamação. De quem são as falas e o que a exclamação expressa:
a) no 1º parágrafo?
b) no 2º parágrafo?

2. Na 2ª parte do texto, o narrador associa a adolescência ao travessão, fazendo um trocadilho entre travessão e travessia. A que tipo de travessia se refere o narrador?

3. Ainda na 2ª parte do texto, o protagonista conversa com um amigo (Jorge) e sua irmã (Alice).
a) De que assunto ele quer tratar com essas pessoas?
b) O que o emprego constante do travessão sugere quanto ao estado emocional do protagonista?

4. A 3ª parte, a da juventude, é associada ao ponto de interrogação. Qual é a relação entre esse sinal de pontuação e essa fase da vida?

5. Na 4ª parte, o protagonista é um jovem adulto, que está terminando a faculdade. O narrador associa essa fase à vírgula.
a) Observe o emprego da palavra vírgula no título dessa parte. Indique uma palavra ou expressão que tenha um sentido aproximado da palavra vírgula nesse contexto.
b) Qual a intenção do narrador ao empregar a palavra vírgula nesse contexto?
c) No título, o narrador faz um trocadilho, chamando as vírgulas de “pausas receosas” e depois corrigindo para “pausas cautelosas” do jovem adulto. Considerando a fase em que se encontra esse jovem — de fim dos estudos e de iniciação profissional —, por que considera essa fase “cautelosa”?

6. Na 5ª parte, a maturidade do protagonista é associada ao ponto final.
a) Explique a ambiguidade, isto é, o duplo sentido da frase “No ponto”, do título dessa parte.
b) Observe a forma como a protagonista expressa suas opiniões e como se posiciona diante do que acha certo ou errado. Que relação há entre ele dizer “E ponto final” e seu modo de ser na maturidade?
c) Os nomes de Alice e Jorge, já mencionados na 2ª parte da vida do protagonista, reaparecem na 5ª parte. Qual é o provável parentesco existente entre o protagonista e essas outras personagens?

7. Como você sabe, uma das funções dos parênteses é indicar uma espécie de desvio do texto central ou o acréscimo de uma informação acessória. Na 6ª parte, esse sinal de pontuação é usado em uma conversa do protagonista com Luana.
a) Levante hipóteses: Que tipo de relação você acha que existe entre eles?
b) O que o emprego dos parênteses sugere?

8. O narrador intitula a última parte de “O final... reticente...”. Como você sabe, as reticências podem ter diferentes papéis e sentidos. Veja alguns deles:
• indicar que o sentido vai além do que foi expresso;
• indicar suspensão do pensamento, reflexões;
• indicar dúvida, hesitação;
• permitir que o leitor, usando a imaginação, dê continuidade ao texto.
Na sua opinião, qual ou quais dos itens acima traduzem melhor a intenção do narrador ao associar essa fase da vida a esse sinal de pontuação?

No swimming


1. Vemos, neste quadro, três meninos correndo. Observe o menino que está em primeiro plano.
a) O que ele leva nas mãos?
b) Ele está vestido?

2. O nome do quadro é No swimming, em inglês, que em português significa “Proibido nadar”. Observe os cabelos e a expressão do rosto do menino que está em primeiro plano.
a) Como estão os cabelos dele?
b) Por que você acha que ele está olhando para trás?

3. Diferentemente das histórias em quadrinhos, as pinturas não apresentam balões. Se fosse possível colocar no quadro um balão, de fala ou de pensamento, para expressar a emoção do menino, na sua opinião, o que o garoto estaria falando ou pensando?

4. Podemos ver alguns elementos do local em que os meninos estão.
a) Como você acha que é esse local?
b) O que você imagina que eles foram fazer nesse local?
c) O que pode ter acontecido?

5. Nas pinturas de Norman Rockwell, é comum haver animais ao lado de crianças. O que você acha que o cão representa nesse quadro?

6. O que você acha que vai acontecer com esses meninos, depois dessa cena?

7. Você já passou por uma experiência semelhante à dos meninos, isto é, já fez algo proibido? Se sim, o que você sentiu na ocasião? Que desfecho teve a situação? Conte para os seus colegas.

Leitura de imagem



1. A cômoda e os objetos presentes nesse quadro mostram que o menino está num quarto.
A quem possivelmente o quarto pertence: ao menino ou a seus pais? Justifique.

2. O menino mexia nas gavetas de seus pais.
Que característica da personalidade infantil esse fato revela?

3. O menino tem em suas mãos algumas peças de roupa.
a) Essas roupas, pela cor e pelas características, pertencem a que personagem lendária própria do universo infantil?
b) Quem provavelmente as veste? Para quê? Em que época do ano?

4. Observe o rosto do menino e a posição de seus braços.
a) O que revela a expressão de seu rosto?
b) Na sua opinião, por que o menino está boquiaberto e com os olhos arregalados?
5. A gaveta está entreaberta, deixando à mostra outros objetos.
Na sua opinião, o pai tinha intenção de que o menino descobrisse a verdade? Justifique.

6. Diferentemente das histórias em quadrinhos, as pinturas não apresentam balões. Se fosse possível colocar um, de fala ou de pensamento, para expressar a emoção do menino, na sua opinião, o que o menino estaria falando ou pensando?

7. Quando você era menor, provavelmente acreditava em Papai Noel.
a) Como você recebia seus presentes no Natal?
b) Conte como foi que você ficou sabendo da verdade.

Novo acordo ortográfico

Sem dúvida um dos assuntos mais lembrados no que diz respeito a Língua Portuguesa no momento é o Novo Acordo Ortográfico que, na verdade, foi aprovado em 1990. É que o período de transição para a nova ortografia começa agora em 2009 e dentro de três anos ela será definitivamente adotada. Portanto, esse é um assunto interessante para dar início às nossas postagens de 2009. Segue abaixo as principais alterações de interesse para nós, brasileiros.

O que muda com a reforma da Língua Portuguesa:

HÍFEN
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom".
Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente.
Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

TREMA
Não será mais usado, a não ser em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros.

ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)
EXCEÇÃO: "pôr" (verbo) continuará acentuada para se distinguir da preposição "por" e "pôde" (pretérito perfeito do inidicativo) continuará acentuado para se distinguir de "pode" (presente do indicativo).

ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"

ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo.
Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, argúem